Dia Internacional da Mulher

A instituição do dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher não foi pensada para a realização de comemorações, festas e dsitribuição de presentes, mas como dia de reflexão e debates sobre a condição das mulheres e para reafirmar sua luta por direitos políticos, sociais, trabalhistas e eleitorais. É, também, um marco no enfrentamento a toda forma de violência e discriminação contra as mulheres, uma chaga que assola a vida de muitas cidadãs no Brasil e em todo o mundo, com números alarmantes de agressões físicas, opressão psicológica, estupros e assassinatos. O Brasil, segundo relatório da ONU, aparece em 7º lugar no ranking dos países em assassinato de mulheres. Mato Grosso do Sul ocupa o 5º lugar no ranking nacional, com a taxa de 6,1 homicídios femininos por cem mil mulheres e é o 2º estado brasileiro em estupros.

A Lei Maria da Penha é um instrumento extremamente importante das mulheres no cambate à violência. A lei deve ser acionada para assegurar seus direitos e promover as medidas de sua proteção nos casos em que está sob risco.

A Casa da Mulher Brasileira, inaugurada em 03 de fevereiro em Campo Grande, é uma iniciativa do Governo Federal e conta com equipe multidisciplinar de psicólogos e assistentes sociais. Possui serviço de transportes para conduzir as vítimas para atendimento em hospitais e exames no IMOL; Delegacia da Mulher atendendo 24 horas por dia; Defensoria Pública; Poder Judiciário; Ministério Público Estadual; brinquedoteca; alojamento. Em 30 dias de atendimento, a Casa registrou 582 casos.

É preciso celebrar o 8 de março para viver todos os dias do ano a proposta da verdadeira igualdade entre homens e mulheres, numa convivência de harmonia, respeito e solidariedade, na perspectiva da construção de uma sociedade de maior justiça social e de fraternidade entre todos e todas. Este é um sonho? Sim, mas um sonho que vale a pena ser sonhado coletivamente e que precisa mobilizar milhões de pessoas. A luta pela dignidade de todas as mulheres não pode dar trégua.